A mulher de Marcos viajou por mais de 200 quilômetros, mas desistiu de ir até
o Paraná por conta da filha de um ano, que estava com uma das babás. Elize e
Marcos se conheceram em 2004, em um site de relacionamentos de garotas de
programa, após o executivo demonstrar interesse por fotos expostas de Elize.
Eles estavam casados há dois anos.
A polícia considera o caso praticamente encerrado. O delegado Jorge Carrasco,
diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) disse que o
inquérito deve ser concluído nos próximos dias. Elize foi presa na
segunda-feira. Na quarta-feira, a Justiça prorrogou o pedido de prisão
temporária de 5 dias para mais 15 dias, tempo considerado "suficiente" para a
polícia concluir a investigação. Elize deve ficar no Centro de Detenção
Provisória (CDP) de Itapevi, na Grande São Paulo, até o término do prazo. A
polícia vai pedir a prisão preventiva dela. Com isso, ela deverá ficar presa até
o julgamento.
- O caso está praticamente fechado. Ficam faltando somente alguns laudos da
perícia, que devem ser enviados nesta semana próxima. Temos 15 dias ainda,
baseado na prorrogação da prisão temporária dela decretada pela Justiça, para
trabalhar nesse inquérito. Não há necessidade de uma nova reconstituição, aquela
já feita (de quarta para quinta-feira) foi bastante esclarecedora. Também não
devem ser realizadas novas perícias no apartamento do casal - disse Carrasco,
ontem.
A arma do crime, uma pistola calibre 380, já foi apreendida e periciada.
Faltam ainda serem encontradas a faca utilizada no esquartejamento e as três
malas de viagem com rodinhas onde foram dispostos os sacos plásticos com partes
do corpo do empresário. À polícia, Elize diz ter deixado as malas dentro de uma
caçamba de lixo, na Zona Oeste da capital paulista. Disse também ter descartado
a faca e a CPU de um computador nas lixeiras de dois shoppings distintos da
capital paulista. Desse computador ela teria enviado uma mensagem à família de
Marcos após o crime, através do e-mail dele, dizendo que o empresário 'estava
bem'. Aos familiares do marido, Elize contou que o casal teve uma discussão, e
Marcos saiu de casa. O irmão do empresário registrou boletim de ocorrência no
dia 22, três dias após o crime, na delegacia antissequestro (a família suspeitou
desse tipo de crime), no Palácio da Polícia, centro de São Paulo.
- As malas são de boa qualidade. Quem as achou deve ter pego. É provável que
nós não as encontremos - disse o delegado Carrasco.